A seguir:
- A Bolsa de Valores do Brasil lançou o BDR BKCH39, ampliando o acesso às maiores mineradoras de Bitcoin.
- Investidores brasileiros agora conseguem exposição internacional ao setor de blockchain pela B3.
- A iniciativa reforça a estratégia da B3 em ativos digitais, tokenização e criptoeconomia.
A Bolsa de Valores do Brasil (B3) deu mais um passo estratégico para aproximar o mercado tradicional do ecossistema cripto. Agora, investidores brasileiros conseguem acessar as maiores mineradoras de Bitcoin do mundo diretamente pela bolsa nacional.
A novidade chega com o lançamento do BDR BKCH39, um ativo que amplia significativamente a exposição ao setor global de blockchain.
Essa iniciativa reforça o movimento da B3 em direção aos ativos digitais. Além disso, cria novas oportunidades para quem busca diversificação internacional sem sair da infraestrutura regulada do mercado brasileiro.
Bolsa de Valores do Brasil lança BDR de mineradoras de Bitcoin
O Global X Blockchain ETF (BKCH) serve como lastro para o novo BDR BKCH39, que foi listado na Bolsa de Valores do Brasil.
Esse fundo americano, listado na Nasdaq, reúne empresas de destaque na mineração de Bitcoin, infraestrutura blockchain e serviços relacionados ao mercado cripto.
Com isso, investidores locais passam a acessar companhias globais como Riot Platforms, Hut 8, Core Scientific, Cipher Mining, TeraWulf, além da exchange Coinbase.
Esse movimento amplia a conexão do investidor brasileiro com o mercado internacional de criptoativos, sem a necessidade de abrir contas no exterior.
A Bolsa de Valores do Brasil estruturou o BDR como um programa não patrocinado, seguindo as normas da Instrução CVM 359 e da Resolução CVM 3/2020. Dessa forma, o ativo pode ser negociado na B3 sem participação direta da gestora do ETF.
Cada cota do fundo americano gera 12 BDRs negociados no Brasil, o que facilita o acesso ao investimento. Essa estrutura democratiza a exposição ao setor de blockchain, permitindo que investidores de diferentes perfis participem do crescimento global da mineração de Bitcoin.
Como funciona o novo BDR da Bolsa de Valores do Brasil
O Banco B3 atua como instituição depositária local do programa. Enquanto isso, o Citibank, em Nova York, mantém a custódia das cotas originais do ETF. O modelo preserva a segurança operacional e segue padrões internacionais de mercado.
Qualquer investidor, residente ou não residente no Brasil, pode negociar o BDR BKCH39, desde que cumpra os critérios usuais das corretoras. Os custos envolvem uma taxa fixa de US$ 15 por emissão ou cancelamento, além de uma taxa variável conforme o volume negociado.
Além disso, os dividendos distribuídos pelo ETF chegam ao investidor brasileiro já com impostos retidos nos Estados Unidos, mantendo transparência e previsibilidade tributária.
Bolsa de Valores do Brasil acelera agenda de ativos digitais
O lançamento do BDR de mineradoras de Bitcoin integra um plano mais amplo da Bolsa de Valores do Brasil para consolidar sua presença no mercado de ativos digitais.
A instituição já oferece negociação direta de Bitcoin, Ether, Solana e XRP, além de ETFs e outros BDRs ligados ao setor cripto.
Nos últimos anos, a B3 intensificou investimentos em tecnologia, inovação e blockchain. Projetos de tokenização já operam na bolsa, permitindo emissão, registro e transferência de ativos digitais por meio dessa tecnologia.
Bolsa de Valores do Brasil mira tokenização e stablecoin
A estratégia da Bolsa de Valores do Brasil também inclui iniciativas futuras. Entre elas, destaca-se a possível migração de parte da infraestrutura para blockchain, impulsionada pela aprovação do modelo conhecido como “135 Light” pela CVM.
Além disso, a bolsa planeja lançar uma stablecoin própria em 2026, reforçando sua atuação no ecossistema financeiro digital. Essas ações posicionam a B3 como um dos principais hubs de inovação financeira da América Latina.
Bolsa de Valores do Brasil conecta mercado tradicional ao cripto
Outro avanço relevante foi a criação da B3 Digitas, uma divisão dedicada exclusivamente ao desenvolvimento de infraestrutura para criptoativos.
Essa unidade conecta o mercado tradicional ao digital, oferecendo soluções para emissão, negociação, liquidação e custódia de ativos tokenizados.
Além disso, a B3 já disponibiliza contratos futuros de criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum e Solana. Esses instrumentos permitem exposição regulada ao mercado cripto, sem a necessidade de custodiar diretamente os ativos digitais.
Com o BKCH39, a Bolsa de Valores do Brasil reforça sua função como elo entre o sistema financeiro convencional e a economia digital, expandindo possibilidades e fortalecendo o acesso ao mercado global de blockchain.




